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Maduro afirma que María Corina Machado estaria se preparando para deixar a Venezuela.

  • Foto do escritor: sp834582
    sp834582
  • 29 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Presidente ironizou protestos da oposição neste sábado, para marcar os dois meses da contestada eleição presidencial; na sexta, María Corina disse que não deixaria o país.





O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que foi proclamado vencedor das controversas eleições do dia 28 de julho, disse neste sábado que a líder da oposição, María Corina Machado, que denuncia fraude eleitoral, prepara sua saída do país.



— Hoje eu lhes digo, a suposta abelha rainha (María Corina) ficou sem abelhas e está preparando suas malas da marca Gucci (...) está se preparando para ir embora também — disse Maduro, criticando o que considerou ser um pequeno número de apoiadores nas manifestações marcadas para este sábado pela líder opositora, em várias cidades, para marcar dois meses da eleição presidencial. — Hoje, após 60 dias (da eleição), vimos em mais de 200 cidades da Venezuela o povo de verdade, o povo de carne e osso. Do enxame convocado por eles, nem as abelhas foram, e tampouco a abelha rainha.





María Corina Machado, que está na clandestinidade desde que declarou a existência de fraude na votação, convocou as novas assembleias para o que chamou de nova fase de protestos, na qual tenta proteger os opositores da “brutal repressão” pós-eleitoral. Além da Venezuela, houve atos em várias cidades do mundo, como Madri.

— Aqui estamos firmes, avançando, a cada dia com mais força e mais vontade, nos reunimos aqui como a valente e boa Venezuela — disse María Corina, em mensagem de áudio enviada aos manifestantes na capital espanhola. Protestos ocorreram também, com centenas de pessoas, em Buenos Aires e Montevidéu.

Na sexta-feira, em entrevista à AFP, a dirigente garantiu que não tinha planos de sair do país, como fez o rival de Maduro na votação de julho, Edmundo González Urrutia, que hoje está exilado na Espanha.

— Eu estou onde me sinto mais útil para a luta — declarou. — Estou aqui acompanhando os venezuelanos como uma luta que segue, que é muito maior do que qualquer um de nós.



A reeleição de Maduro, no dia 28 de julho, não foi reconhecida pela oposição, que alega que o real vencedor foi Edmundo González, com até 67% dos votos. Contudo, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado pelo chavismo, disse que o atual presidente foi reeleito para mais um mandato com 52% dos votos, mas sem divulgar as atas de votação detalhadas, como exige a lei.

Para marcar posição, os oposicionistas criaram um site no qual divulgaram o que seriam cópias de 80% das atas eleitorais, e os números demonstraram a vitória de Edmundo González — o ex-diplomata teve a prisão decretada pela Justiça, e se abrigou em embaixadas até conseguir deixar o país rumo à Espanha, no começo do mês.






Além da divulgação das atas, a oposição foi às ruas, e foi recebida pelo aparato de repressão do regime: segundo organizações de defesa dos direitos humanos, desde o final de julho 27 pessoas morreram, 200 ficaram feridas e mais de 2,4 mil foram presas, incluindo 164 adolescentes.

Durante os protestos, que se espalharam pelo país, várias estátuas do ex-presidente e padrinho político de Maduro, Hugo Chávez, foram derrubadas, e as declarações do venezuelano foram realizadas durante um ato para inaugurar justamente um monumento em homenagem ao “pai” do chavismo, que comandou a Venezuela entre 1999 e 2013.



 
 
 

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